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Projeto de Decreto Legislativo nº 88/2011

Ementa

CONCEDE TÍTULO DE CIDADÃO PAULISTANO AO SR. SYLVIO ALVES SENA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

Autor

Ricardo Teixeira

Data de apresentação

20/10/2011

Processo

02-0088/2011

Situação

aprovada

Norma aprovada

Decreto Legislativo nº 91, de 9 de dezembro de 2011

Comissões designadas

Tramitação

Deliberação

Encerramento

Processo encerrado em 27/05/2019 (PROMULGADO)

Documentos

Links relacionados

Câmara Municipal de São Paulo (SPLegis)
Câmara Municipal de São Paulo (Biblioteca)

Redação original

CONCEDE TÍTULO DE CIDADÃO PAULISTANO AO SR. SYLVIO ALVES SENA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A Câmara Municipal de São Paulo DECRETA:

Art.1º. Fica concedido o Título de Cidadão Paulistano ao Sr. Sylvio Alves Sena, pelos relevantes serviços prestados à comunidade paulistana.

Art.2º. A honraria de que trata o artigo anterior será outorgada em Sessão Solene, especialmente convocada para esse fim pelo Presidente da Câmara Municipal de São Paulo.

Art. 3º. Este Decreto Legislativo entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões, às Comissões competentes."

"JUSTIFICATIVA

Morador à rua da Polka, 237, Jardim Pedro José Nunes, Vila Jacuí, desde 1979, quando comprei um lote e finalmente construí minha casa própria e resido até hoje no mesmo endereço.

Nascido na Vila Yara em Osasco no dia 20/05/1952 vindo para São João Clímaco em 1959, depois em Ermelino Matarazzo em 1961, em seguida Jardim Cotinha (1963) e finalmente na Vila Jacuí (1979).

Pai de um casal de filhos do primeiro casamento: Janaína Alves Sena (32) e Sylvio Alves Sena Filho (28), Esposa Elisabeth da Silva Costa há 23 anos.

A primeira luta que participei no bairro foi logo que mudei, quando iniciou o famigerado e antigo lixão na av. Mimo de Vênus, no ano de 1979, mesmo ano que nasceu minha filha. Eu junto à comunidade cheguei a deitar no chão impedindo a entrada de caminhões de lixo, obrigando a prefeitura a implantar o sistema técnico de aterro sanitário: casa para bombeamento de chorume (líquido preto e mau cheiroso do lixo, para evitar a contaminação do lençol freático - água); uma camada de lixo outra de terra; drenagem com bocas de tubos de 1 metro de diâmetro para queima dos gases.

Além das nuvens de mosquitos que invadiam nossas casas, haviam outros bichos do habitat como ratazanas, baratas, aranhas entre outros. O mau cheiro era insuportável, o barulho das máquinas, os basculantes de terra e, pior de tudo, os caminhões entrando e saindo diurna e noturnamente vazando o líquido do lixo, onde os mosquitos faziam seu banquete.

As noites pareciam dia com as lavaredas de fogo, as explosões das bolhas de gases eram constantes dentro do aterro, inclusive nas madrugadas, onde os moradores dos arredores (inclusive eu) acordavam assustados e apavorados.

Após 9 (nove) anos de lixo da cidade inteira de São Paulo depositado neste local, os gases começaram a infiltrar nas casas pela tubulação do esgoto e também do sub-solo transformando o bairro numa eminente bomba pronta a explodir.

Com muita luta idas e vindas nos órgãos públicos, finalmente no dia 31 de agosto de 1988, o aterro foi desativado.

Daqueles que participaram do início da luta, teve vários que desistiram vendendo suas casas, alguns morreram e os demais abandonaram a luta.

Hoje sou o último remanescente desta batalha iniciada em 1979, nunca desisti do sonho de um dia transformar este espaço num Parque, onde eu, meus fílhos e netos juntos com toda comunidade sofrida possamos finalmente ter a compensação de tantos transtornos, aborrecimentos, medo, incerteza, descaso, indiferença, principalmente doenças respiratórias, alérgicas, entre outros problemas de saúde.

As obras de implantação da primeira fase do Parque Primavera (23.500m2 R$ 1.739.000,00) será entregue até o final deste ano (2011), e o compromisso da Secretaria do Verde e Ambiente de iniciar a obra total do PARQUE PRIMAVERA (125.448m2) no ano que vem.

Participação do Progresso do Jardim Pedro José Nunes, Vila Jacuí desde 1979.

Luz elétrica residencial na parte baixa do bairro (década de 80)

Iluminação de ruas e vielas (década 80)

Esgoto na parte baixa do bairro (década de 80)

Pavimentação das ruas (década de 80)

Diretor fundador da Associação União dos Moradores (1985)

Implantação do Posto de Saúde (1985)

Construção da Escolinha Padre Nildo, da rua Globo do Sol (1986)

Construção do Colégio Padre Nildo do Amaral Jr. (1987)

Fundação do Clube da Comunidade - Campo de Futebol - (1988)

Fundação do Jornal Pedro Nunes (1998)

Canalização do Córrego Limoeiro (1998).

1º presidente da Sociedade Amigos do Jardim Pedro Nunes (SAPEN) 1998.

Dia das Crianças (1998)

Dia das Mães (1998)

Natal Feliz das Crianças (1998)

Criação da Festa de Aniversário do Jd. Pedro Nunes (1999)

Centro de Juventude da rua Globo do Sol - 200 crianças atendidas (2001)

Ultima pavimentação do bairro - Av. Córrego do Limoeiro - (2005)

Iluminação de todas a vielas (2006) últimos logradouros.

Retomada da implantação do Parque Primavera (2006).

Laudo Técnico do Parque Primavera (2007)

Passeio e gradeamento do Parque Primavera (2008).

Construção da EMEI Globo do Sol (2008)

Iluminação do Campo de Futebol (2008)

Distribuição de Leites

Implantação de 2 Telecentros

Implantação do Ecoponto e quadra society na praça Nova Beira Rio (2008).

Parque Linear Conjunto Garagem (2008).

ENTRE MUITAS OUTRAS CONQUISTAS REALIZADAS EM BAIRROS VIZINHOS E VÁRIAS AÇÕES SOCIAIS

Lembro que há 32 (TRINTA E DOIS) anos luto, sempre lutei e jamais vou deixar de lutar por melhores condições de vida no bairro onde moro e sempre com o apoio da comunidade.

HOMENAGENS RECEBIDAS

2 vezes como Coordenador de Defesa Civil (uma pelos trabalhos prestados às vítimas do alagamento de 2009).

2 vezes como jornalista

2 vezes nas Festividades de São Miguel Paulista

1 vez como Pioneiro pelo progresso de São Miguel

1 vez Personalidade Negra (Penha).

Ex-Metroviário nos anos de 1984 a 1987.

COORDENADOR DA DEFESA CIVIL DE SÃO MIGUEL PAULISTA DE 2008 A 2011.

Por ironia do destino o único coordenador de Defesa Civil a assinar um Estado de Calamidade Pública na cidade de São Paulo, quando das inundações do ano de 2009 no Jardim Helena.

SYLVIO SENA